Pr.Ricardo do Nascimento

O valor e o desvalor da igreja organizadaHoje acordei reflexivo.Acordei pensando em como as coisas estão sendo vistas por nós, no contexto Igreja organizada.A Igreja tem um papel fundamental na sociedade, contudo precisa exercer este papel inicialmente na vida dos indivíduos. Pensar no macro é muito bom, porém, devemos objetivar acima de tudo pessoas... principalmente aquelas que fazem parte do nosso convívio como Igreja organizada.A preocupação que me acometeu, foi em função de descobrir, no dia a dia, no convívio com pessoas amigas, ovelhas, Pastores, lideres e liderados, que a Igreja está fazendo mal para muitos. Uns, na sua maioria lideres e Pastores, se inflam em seus egos e assumem um domínio controlador que Jesus jamais admitiria. Não permitem que seus liderados pensem e tenham opinião própria. Manipulam e os obrigam a serem mais que ovelhas obedientes a Deus, são capazes de mutilá-las furando seus olhos e ouvidos, broqueando suas mentes e capacidade de raciocínio, em nome de uma obediência e de uma fidelidade que é apenas humana, somente para atender a seus próprios interesses.Me incomoda também, ver gente que se diz de Deus, cumprindo seus compromissos religiosos diante dos homens no tocante a presença e horários que por nós são tão exigidos, e ao mesmo tempo ver crescer o número de pessoas raquíticas espirituais, sem a essência de Deus em suas vidas, e que acreditam piamente estarem garantidos de todo mal e juízo, por fazerem parte da membresia “A” ou “B”... isso pode custar caro... pois, neste aspecto, a Igreja se torna um desvalor para estas pessoas, quando o “ser Membro” é mais relevante do que o alcançar a Salvação pela Graça.Vejo gente vazia de Deus enchendo as Igrejas, e acreditando estarem seguros em suas vidas espirituais, pelas paredes do templo que as cercam.Vejo Crentes carnais, cheios de si mesmo, cheios de conceitos formados, vazios do compromisso autentico e repletos de religiosidade. Gente que habitualmente diz “Não tem nada a ver”, eu posso fazer tudo o que eu quero, e continuar sendo o que eu era, agindo e andando da mesma forma... e é verdade, pode mesmo, desde que não pense que o fato de ser membro de uma igreja o isenta do compromisso pessoal de fazer a vontade de Deus e de agradá-lo com seus passos, atitudes, decisões e escolhas. Eu não defendo doutrinas humanas, defendo o compromisso. Defendo a capacidade de discernir o que faz bem e o que não faz, o que me remete a Deus e o que me afasta d’Ele. Defendo uma postura que de fato faça a diferença, e que não sejamos hipócritas como os que entram no templo, seja ele qual for, para demonstrar compromisso aos homens, sem ter compromisso com Deus. Tenho medo de, por ser um Pastor de uma Igreja organizada, não consiga de alguma forma mostrar o caminho. Temo por aqueles que ainda não perceberam que A Igreja Organizada tem o seu valor pelo aspecto comunhão dos santos e também pela voz conjunta na propagação do evangelho nas agencias do Reino sobre a terra, bem como, pela unidade que promove quando aprendemos a nos respeitar neste convívio, alias a debandada de alguns tem por fundamento esta falta de tolerância com a fraqueza alheia, como se não as tivessem também.... mas me intriga saber que muitos dos que caminham dentro das organizações, só o fazem por acharem que isto é tudo. Proponho que revejamos nossos conceitos e principalmente cada um de nós no que temos feito para mudar isso... “o desvalor da Igreja Organizada”, e não basta ficarmos escrevendo o que pensamos sem uma atitude, nem tão pouco acharmos que é assim mesmo... faço a defesa de uma Igreja organizada que de frutos dignos de arrependimento e que entenda o seu verdadeiro papel, não acreditando em fábulas, mas crendo no Senhor Jesus.Ricardo do Nascimento